Lucas 15
V. 1-7 — A ovelha perdida
Nessa parábola, mostra-se o resgate de Cristo para o perdido.
Jesus começa dizendo:
“Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá‑la?”
— Lucas 15:4 (NVI)
Isso mostra a iniciativa de Cristo no seu resgate: deixando no campo as outras noventa e nove e procurando a ovelha perdida até achá-la.
É para os pecadores que Ele veio.
“Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores.”
— Marcos 2:17
“E, quando a encontra, coloca‑a alegremente nos ombros.”
— Lucas 15:5 (NVI)
Cristo Jesus, o Bom Pastor, carrega o nosso fardo (veja Mateus 11:28).
Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si — Isaías 53:4.
A obra de Jesus na cruz foi Ele carregando os nossos pecados — nossas mentiras, adultérios, traições e idolatrias. Carregando a morte, para que pudéssemos viver reconciliados com Deus, sendo nós justificados pela graça do Senhor.
Grande alegria há no céu quando o pecador se arrepende do seu pecado.
E vai para casa. Ao chegar, reúne os seus amigos e vizinhos e diz: ‘Alegrem‑se comigo, pois encontrei a minha ovelha perdida.’
— Lucas 15:6 (NVI)
Então, a obra começa assim:
Cristo toma a iniciativa de ir nos buscar.
Depois, ao nos achar feridos e perdidos, carrega sobre si nosso fardo, nossas dores e nossa condenação.
E nos dá a leveza da salvação.
Não sendo pelas nossas obras que somos salvos, mas pela graça de Deus na cruz.
V. 8-10 — A Mulher e a dracma perdida
Enquanto a parábola da ovelha perdida se referia à obra de Cristo, essa parábola contada por Jesus trata da obra do Espírito Santo.
— Perceba-se, que Lucas 15 é só uma parábola, porém, com historias diferentes.
Jesus, nessa parábola, não fala mais do exterior (obra da cruz), mas agora do interior — do convencimento do pecado.
Ou seja:
Jesus morreu na cruz, tomando sobre si o nosso fardo e pecados.
E agora o Espírito Santo desceu e faz a obra não por fora, como Jesus, mas por dentro, interiormente.
Curiosidade: A mulher, nas parábolas, é sempre retratada como algo sentimental, interior.
Repare:
A mulher acende a candeia, varre a casa e procura diligentemente a moeda até achá-la.
- Acender a candeia = convencimento do pecado, pois o Espírito Santo, quando vier — e veio — convencerá o mundo do pecado.
- Varrer a casa = santificação, pois o Espírito nos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
Podemos concluir que:
- O Bom Pastor, nosso Cristo carregou nossos pecados na cruz.
- Assim, pôde enviar o Espírito Santo, para:
- Acender a candeia (convencer do pecado).
- Varrer a casa (vida santificada ao Senhor).
Logo, é a partir da obra de Jesus que o Espírito Santo vem ao nosso coração e nos convence do pecado.
V. 11-31 — A parábola do filho perdido
Agora, vemos a revelação do movimento da salvação de Deus Pai para os perdidos.
A atitude do filho perdido é o resultado das duas parábolas anteriores.
Ele foi para longe do pai — retratando o afastamento do pecador de Deus.
Com a vida afastada do pai (que retrata Deus aqui), uma vida completamente tola teve como consequência a morte — não literal, mas o padecer.
Pois:
“O salário do pecado é a morte.” E como diz o Salmista Davi: Por causa da tua ira, não há parte sã no meu corpo; não há saúde nos meus ossos por causa do meu pecado. As minhas culpas me afogam; são como um fardo pesado e insuportável para mim. — Salmos 38:3-4
O filho não tinha valor nenhum!
Ele passava fome, enquanto os porcos se deleitavam com suas guloseimas.
No versículo 17, é revelado o arrependimento.
É como se ele percebesse a obra de Cristo na cruz e, diligentemente, o Espírito Santo estivesse agindo nele, acendendo a candeia e convencendo do pecado.
E assim, imediatamente, ele volta ao pai.
O pai o recebe com bastante gozo e o perdoa, aceitando-o não como servo, como o filho havia dito, mas como filho.
Um filho amado que nunca foi, e nuca será esquecido.
Assim é o Deus Pai conosco:
Ele nos aceita de volta não como apenas servos, mas como filhos amados e perdoados dos nossos pecados.
O movimento do Pai, nosso Aba, é o perdão.
OBS: Somos filhos, mas nossa função é de servos. O Pai nos trata como filho, mas devemos obedece-lo como Senhor.
São obras difíceis.
Veja o quanto esse Deus Trino se esforçou para ter você como filho.
Arrependa-se dos seus pecados.
Amém.