Juntar? Eu não...

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Reflexão

Uma reflexão uma sobre uma passagem biblica(12: 16-21 ) e, sobre minha vida.

Juntar? Eu não...

Bom samaritano e o altruísmo de Cristo


Tudo passa,
Tudo é pó — vem dele, e volta para ele
Tudo é um sopro.

Observe a vida e veja que tudo passou, se foi… Pessoas, relacionamentos e coisas.

“Senhor, Tu deste aos meus dias o comprimento de um palmo;
a duração da minha vida é nada diante de Ti.
De fato, o homem não passa de um sopro.”
Salmos 39:5-7

A vida é um sopro.
Rápido, tudo se vai.


Juntamos e morremos.
Do que vale reter?
Nada vale juntar.
Se viver é juntar, pois bem, senhores, morri!

Pois despir-me de mim, larguei o fardo e me despedi de sentimentos e relacionamentos que não me valem mais.

Me esvaziei das coisas…

E um poeta diz:

Coisas são só coisas, servem só pra tropeçar.


Em Lucas 12: 16-21, vemos que Jesus conta a história de um homem rico — tolo que produziu muito. A sua ganância lhe sobreveio e logo pensou — gananciosamente, pensou:

Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores e ali guardarei toda minha safra todos os meus bens reterei e não distribuirei a juntarei e não esvaziarei.

Ah, se ele ouvisse isso de Cristo:

Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens. — Lucas 12:15

Mas, infelizmente, aconteceu isso:

Contudo, Deus lhe disse insensato esta mesma noite a sua vida será exigido. Então, quem ficará com o que preparou?


Jesus conclui a parábola de uma maneira mais solene:

assim acontece com quem guarda para si mesmo riquezas, mas não é rico para com Deus.

Martim Luther King, refletindo na parábola do Senhor Jesus, disse:

Quanto mais rico esse homem ficava em termos materiais, mais pobre se tornava intelectual e espiritualmente.
Ele pode ter sido casado, mas é provável que não conseguisse amar sua esposa.
É possível que tenha lhe dado inúmeros presentes materiais, mas não pudesse oferecer o que ela mais precisava: amor e afeição.
Pode ter tido filhos, mas provavelmente não os estimava.
Pode ter guardado os grandes livros das épocas, bem dispostos nas prateleiras de sua biblioteca, mas nunca os leu.
Pode ter tido acesso a música de qualidade, mas não a ouvia.
Seus olhos não contemplavam o majestoso esplendor dos céus.
Seus ouvidos não estavam sintonizados com a doçura melodiosa da música celestial.
Sua mente estava fechada às ideias de poetas, profetas e filósofos.
Seu título era justo e merecido: — "Tolo!"

O homem rico era um tolo porque permitiu que os fins para os quais vivia se confundisse com os meios pelos quais vivia.

Ouça: Volver - João Manô e Marcos Telles